O que a mulher moderna mais deseja é ter um cabelo lindo e cagar. Sim, cagar mesmo, cocô, merda, bosta... acho que já entenderam né. Pelo menos é esta impressão que os comerciais de televisão nos passam quanto à preferência do consumo feminino. Entre um programa e outro o que mais se vê são filmes que apresentam mulheres correndo atrás de privadas, iogurtes que prometem fazê-las ‘colocar os meninos pra nadar’ e por aí vai. Entre outras técnicas apelativas os comercias dão a garantia de que o cocô irá sair em alguns dias. E o melhor, se o iogurte não funcionar elas podem mandar os rótulos dos frasquinhos e serem ressarcidas de seu investimento. Agora me pergunto, não é meio constrangedor mandar uma carta dizendo: “mesmo com o seu delicioso iogurte ainda não consigo cagar”?
O interessante nessa ‘indústria de merda’, que promete tirar o indesejado bolo fecal de dentro de nossas princesas, é o desenvolvimento de uma linguagem específica para se comunicar de maneira sutil com o público alvo. Por exemplo: a palavra merda virou acumulo, o slogan é ABAIXO AO ACUMULO, ou seja: cague de uma vez!. É um eufemismo que consegue tirar o mau cheiro da semântica da palavra, incrível. E o que uma agência de publicidade não é capaz de fazer hoje em dia ein? Se bem que o próprio vocabulário feminino já é recheado de eufemismos por natureza. Quando uma mulher quer dizer à outra que está há alguns dias sem “ir ao banheiro” ela usa apenas uma singela frase: “Aí amiga, estou ressecada”. Já o homem falaria algo do tipo: “Porra véio, faz três dias que não dou um cagão”, sutil diferença né. Ainda tem o linguajar utilizado em outras microssociedades como no sistema carcerário: “Aí mano, faiz dois dia que eu não apavoro, tô na laje”, no caso apavoro seria cagar e laje seria uma situação incômoda.
Falei um pouco do desejo da mulher moderna quanto ao funcionamento do intestino grosso e delgado , mas acabei não falando do outro desejo feminino moderno segundo à publicidade: deixar seus cabelos lindos e sedosos. Isso é fato, é só observar a quantidade de propaganda de shampoo na programação da tevê. Não sei pra quê tanto cuidado com um tecido morto, é como maquiar um defunto. Não, peraí, não seremos tão radicais assim. É uma questão estética, assim como nas unhas. Impressionante a capacidade da mulher de dar um talento nos tecidos mortos, como unhas e cabelos. Elas poderiam ‘dar um talento’ no tecido morto no meio das pernas do marido de vez em quando também, mas isso é outra história. Voltando ao cabelo, até 50 anos atrás eu duvido que a humanidade sabia da existência de tantos tipos de cabelos, acho que só se fazia distinção óbvia do liso e do crespo. Mas a fabulosa indústria do marketing a serviço do consumismo conseguiu subdividir os tipos em cacheados, secos, normais, oleosos e por aí vai, sem falar na cor que também se subdivide em uma infinidade. Tudo isso dá margem à venda de inúmeros tipos de shampoo e condicionador. Mas pra quê? Só com água e um ou dois tipos de sabão já não deixa limpo?
É difícil entender este complexo universo dos desejos femininos. Bom, só espero que as mulheres dessa sociedade moderna guiadas pelo consumismo não misturem seus desejos e acabem criando um shampoo de bosta.
por Everton Mossato
Mais que bela merda! hahahahaa
ResponderExcluirboa boa é isso msm ,parece que vi o comercial kkkkkkkkkk
ResponderExcluirvc é muito bom, PARABÉNS
Nss do nada tive a ideia de pesquisar bosta de cabelo e encintrei esse site lkkkk
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