quarta-feira, 25 de novembro de 2009

GALINÓIA : A galinha que comia crack

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Usuário mata galinha que comeu sua última bucha de crack.  O absurdo aconteceu no litoral paranaense. André afirmou que "a galinha é usuária" de droga. O cidadão matou a galinha no intuito de resgatar sua pedra de crack. Mas para isso acabou apedrejando a própria casa, o que levou sua mãe a chamar a polícia.


"Vila Boi que me perdoe" mas isso é uma pérola do 'jornalismo porta-de-cadeia'.



Qual será o próximo feito de André? Abrir uma clínica para recuperação de galinhas vítimas do crack?

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O comprimido mágico

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Trabalhei há alguns anos em uma grande empresa de Curitiba. Dessas que têm muitos funcionários, e entre eles figuras inacreditáveis. Como toda multinacional a rotina de trabalho era muito puxada. Nas longas horas que passei dentro dela, além de ajudar a enriquecer os grandes acionistas que eram seus donos, percebi e presenciei fatos interessantíssimos. Era enorme a diversidade de peões que trabalhavam nos diversos setores da fábrica. Homens, mulheres, do norte do país, do norte do Paraná, de lugares e cidades que eu nem imaginava que existiam. Todos ralando, e sonhando com uma vida melhor. Alguns reclamando, outros conformados, mas todos lá, dando seu suor e sua vida, em prol do trabalho.

Entre os funcionários muitos já tinham certa idade, trabalhavam ali há muitos anos. A rotina estafante e a vida ingrata haviam tirado desses homens a alegria e o prazer de viver. Eram carrancudos e desanimados. Só falavam de trabalho, só viviam para o trabalho. Mas essa realidade mudou, graças a um sujeito que respondia pelo apelido de “susto”. Era uma dessas figuras que poucas vezes encontramos. Louco, e sem juízo, susto era um cara conhecido por todos.

Aos poucos comecei a perceber uma mudança em um grupo de senhores. Alguns tinham comprado roupas novas, outros haviam pintado o cabelo e faziam a barba com certa frequência , e todos eles já não falavam somente de trabalho. Um dia ao entrar no vestiário para trocar de roupa e ir embora, vi um grande alvoroço, um dos senhores, desse grupo por mim observado, tinha derrubado um comprimido azul no chão do vestiário. Daí o motivo do grande alarde, o comprimido era Viagra! Vendido pelo susto por cerca de R$ 5,oo. O “tráfico” desse comprimido mágico já acontecia há algum tempo, dai o motivo de tanta transformação.

Foi inacreditável o que eu presenciei nos meses seguintes. Vi novos homens nascendo. Vi o viagra como um útero que gera o feto e o transforma até o momento de conhecer a nova vida. Vi no Susto, um profeta que trazia a boa nova a homens sem esperança. Descobri que um simples comprimido devolvera a sujeitos derrotados não só o alivio que se encontra no corpo feminino, mas a auto-estima a tanto tempo desaparecida. Muitas roupas novas foram compradas, muitos cabelos pintados. Muitos desses senhores reacenderam seu casamento. Outros arrumaram namoradas, alguns até mesmo amantes. A alegria antes esquecida pelos problemas da vida, agora fora despertada. E o comércio do comprimido era cada vez maior.

Deparei-me então com um fato extraordinário, toda a empresa havia sido afetada direta ou indiretamente pelo Viagra. Esse grupo de funcionários tinha contagiado e influenciado muitos outros trabalhadores. Entre estes, haviam chefes e líderes de setor, que também começaram a fazer uso do comprimido. A chama que o Viagra tinha acendido nos chefes refletia no dia a dia de trabalho. Eles tratavam melhor seus subalternos, que como consequência trabalhavam melhor e produziam mais. A diferença na produção foi tão notável, que até um churrasco foi ofertado pela empresa para gratificar os funcionários pelos bons resultados.

O quadro de funcionários da fábrica contava com duas psicólogas, que também tinham percebido a grande mudança. Porém elas atribuíam o aumento na produção à palestras de auto-ajuda, à frases de incentivo coladas nos corredores da empresa. Mal sabiam elas que toda aquela transformação não tinha sido feita pela psicologia do trabalho, empurrada garganta abaixo nos funcionários em terríveis sessões de auto-ajuda. Aquela enorme mudança havia sido trazida por um sujeito chamado Susto, e por um comprimido chamado Viagra, que tinha mostrado para aqueles homens que tudo é possível, inclusive voltar a viver.
 
por José Pires

sábado, 22 de agosto de 2009

Felicidade passageira

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Passava das nove quando cheguei, fui encontrar dois amigos que já me esperavam a mais de uma hora. O lugar era um pouco escuro, iluminado apenas por pequenas lâmpadas em cima do balcão. Uma máquina de música tocava um antigo sucesso do Zezé di Camargo e Luciano. O local ficava próximo ao passeio público de Curitiba, em um prédio velho que aparentava ter mais de cinqüenta anos. Entre uma cerveja e outra algumas meninas se aproximavam da mesa, pedindo doses e oferecendo companhia. Nós com pouco dinheiro, e acostumados a freqüentar zonas apenas para beber e dar risada recusávamos a oferta. As moças não eram de todo feias, apesar dos sinais deixados pela vida boêmia, eram até apresentáveis, para um bordel é claro.

Gosto de beber nesses lugares por que alguma coisa sempre acontece. Alguém sempre chama a minha atenção, seja contando uma história de vida, brigando, caindo depois de muitas doses, ou coisa desse tipo. E naquela noite não foi diferente. Depois de algumas cervejas meu interesse pelas pessoas fica maior, minha boca que tagarela sem parar compete com meus olhos que não perdem um movimento sequer do ambiente. Observei então em uma mesa no canto um grupo de homens bebendo animadamente, as mãos eram ocupadas hora pela cerveja, hora pelas coxas das meninas que pulavam de colo em colo. As garotas, experientes que eram, conseguiam entre um beijinho e outro fazer com que os rapazes abrissem não só os zíperes das calças, mas também suas carteiras. Eu observava esta cena com a nostalgia de quem freqüenta zonas já há algum tempo. Essas demonstrações de afeto e alegria passageira são normais nesse ambientes. Porém um senhor, o mais velho do grupo, talvez fosse tio ou até mesmo pai dos rapazes, me chamou a atenção. Era um sujeito aparentando seus cinqüenta anos. Poucos cabelos, na boca os dentes que ainda restavam eram como pequenos pedaços de carvão, que ao invés de estarem embaixo da grelha, teimavam em ficar em cima da carne. As mãos demonstravam vida dura, o rosto inchado revelava problemas causados por muitos anos de cachaça.


O que despertou minha curiosidade não foi a aparência do homem, mas sim a alegria que a prostituta conseguiu despertar nele. Agarrado na cintura da moça, ele parecia um adolescente experimentando o tesão do primeiro namoro. O olhar de criança quando ganha o tão sonhado presente de aniversário, dava a ele um ar cômico e ao mesmo tempo triste.Entre os presentes na zona , ele era quem mais recebia atenção. Talvez por que havia pagado várias rodadas de cerveja e doses. Ao contemplar aquela cena, muitas perguntas vieram a minha cabeça. Quem era aquele senhor? Como era a sua vida? Era casado, e se era, como o tratava a esposa, para que toda aquela carência fosse revelada com a menor atenção dada por uma puta? Pensei que talvez a vida lhe tivesse negado certos prazeres, e que agora mais velho e sem nada a perder, gozasse esses momentos como se fossem os últimos. Talvez o álcool tivesse lhe privado os carinhos femininos por muito tempo, e agora com o pagamento no bolso, essa realidade tinha mudado, mesmo que por alguns instantes. O efeito da companhia daquela moça era como o da morfina usada em hospitais para aliviar a dor dos moribundos. Ela ouvia atentamente todas as histórias que ele contava, havia alguma coisa de santa naquela prostituta, pois o semblante de alívio que o rosto do homem mostrava, revelava que ela não apenas escutava o que ele dizia, mas entendia seus lamentos.

Nas três últimas cervejas que tomei, minha boca tinha perdido para meus olhos. Já não conseguia mais participar da conversa que se estabelecera na mesa. Minha atenção estava toda voltada para aquele senhor e a alegria despertada nele pela prostituta. Pensei então no papel das mulheres de zona na vida desse tipo de sujeito. Os pequenos momentos passados nesses ambientes, fazem com que a semana de trabalho, na maioria das vezes dura, compense quando se gasta o dinheiro ganho nos braços de uma puta. Elas são grandes ouvintes, e sabem contar boas histórias também. Não existe neste ambiente bonitos ou feios, apenas homens com dinheiro ou sem dinheiro. Cada um sabe até onde acredita em uma mulher da vida. Muitos se apaixonam em bordéis, alguns inclusive casam com prostitutas. O fato é que se os ricos têm o divã de um psicanalista para se aliviar dos problemas cotidianos, os pobres têm a zona para viver momentos agradáveis. Depois de todas essas reflexões, convidei meus companheiros para pagar a conta e ir embora, pois percebi que o dinheiro daquele senhor já estava acabando, e eu não queria ver seu olhar de criança sendo substituído pelo olhar de velho cansado e frustrado, ao ver o menina que tinha lhe dado tanta atenção, indo sentar num colo de outro coitado.


por José Pires

domingo, 17 de maio de 2009

“Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”



Toda vez que puxo a descarga dou uma olhadinha pra conferir e penso aliviado. Foi! Mas pra onde foi? Quase nunca me interesso, o que importa é que não está mais ali. O importante é jamais ver aquilo que demais impuro sou capaz de produzir. Porém outro dia procurei responder minha inquietante questão: Para onde vai a merda? Antes não tivesse descoberto que existe uma coisa chamada de Sistema de Tratamento de água e Esgoto. O bolo fecal depositado todos os dias por mais de um milhão de curitibanos também faz parte da matéria prima que alimenta este sistema de tratamento de água e esgoto. Tratamento...para que tratar uma coisa dessas?. Tratar para devolver à rede de distribuição de água. Devolver para nós. Sim, sua merda foi passear meu amigo. Como disse o químico Frances, Lavosier, “nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Sua merda se transformou um pouco e voltou no meio da água. Mas ela ainda está lá. Ou vai me dizer que nunca ouviu falar do nível dos coliformes fecais. O nome já diz tudo. Fecais, fezes. Meu deus, se existe um nível de tolerância de merda na água é por que existe merda na água! Alguém pode pensar. Tudo bem, eu só tomo água mineral. Sim, mas e o seu banho, também é de água mineral? Entendo que pensando à fundo é desesperador, porém como água é vida o que nos resta é confiar no serviço público.
Espero que os trabalhadores da Sanepar não se espelhem no trabalho dos políticos brasileiros.Se não, literalmente, vai dar merda!
Everton Mossato

sábado, 4 de abril de 2009

Uma cartela de Fluoxetina e muita tevê globinho para os nossos velhos camaradas

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Chega ser engraçado. Todos os dias entro nos postos de saúde do SUS, para trabalhar, vejo a mesma cena. Um grupo de adultos e idosos assistindo desenho animado na tevê, enquanto aguardam o atendimento. O interessante é que o povo assiste mesmo, presta atenção. O tempo longo de espera por atendimento é notório quando falamos do serviço público. Conseqüentemente o período que esta gente fica em frente à tevê também. Aí eu me pergunto: este tempo de atenção não poderia ser utilizado de uma maneira mais produtiva? Como, por exemplo, exibir uma programação voltada à área de saúde, nos casos dos postos do SUS.
Podemos tirar como exemplo o caso do DETRAN. Lá enquanto você aguarda para fazer algum teste assiste diversos programas sobre o trânsito. Que orientam o motorista quanto a direção defensiva, multas e outros assuntos ligados ao trânsito. Provavelmente alguém pode pensar: “que merda, deve ser chato pra caralho ficar vendo isso”. Talvez sim, mas e a programação da monopólica rede Globo, é totalmente excelente? Só passa coisa boa não é? As histórias do Bob Esponja e do Lula Molusco devem afetar de maneira muito positiva a vida de um senhor de 60 anos.
Penso que jamais o Estado investirá na produção de uma programação específico para a saúde. Porém os postos são equipados, também, com aparelhos de DVD. O que impede então a transmissão de filmes, documentários e programas já disponíveis no mercado?
Chega! A garganta secou e eu vi que já tá marcando –4 na geladeirinha da skol. Portanto mande a primeira porque amanhã é domingo e eu não trabalho.

for Everton Stone

sábado, 7 de fevereiro de 2009

O ORGULHO DE SER UM HAMSTER


Salve, Salve rapaziada, mais um ano começou (sei que já começou faz um tempo, mas como também sou fiho de Deus, estava de férias,hehehe) , e com ele mais uma edição do BBB (e olha que esse já é o nono), como em todos anos, os produtores do programa inventam alguma novidade, na tentativa do aumento da audiencia, então imagine o que pode vir. Já não bastasse você colocar um bando de pessoas dentro de uma casa, filmando-as 24 horas por dia, agora a cupula desse programa inventou uma especie de caixa de vidro dentro de um Shopping, com 4 participantes, onde os mesmo eram observados ao vivo, numa especie de zoologico humano, e o pior é que esses participantes sentiam-se orgulhosos por terem sido selecionadas para essa experiência, ja que aquilo poderia proporciona-los 1 milhão de reias, e conforme muitos participantes e amantes do programa sempre falam, "por um milhao de reais vale tudo". Vale até ter orgulho de ser um HAMSTER, porque as caracteristicas são as mesmas, só faltou aquela rodinha, pra eles se exercitarem, mas dai ia ser muito descarado. E o que me deixa mais impressionado, é que muitas pessoas queriam estar no lugar deles.
infelizmente para eles, não existem ONGs de proteção a participantes do BBB, como existem para HAMTERS.
Mas eu gostaria de deixar bem claro uma coisa, esses BBBs por mais que tentem, nunca chegaram perto do Pink e do Cerebro, esses dois são muito mais carismaticos e espertos, que suas imitações humanas, hehehe.
Bom, amigo, traz a saideira, porque depois dessa to indo...
J. Mossato

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O mundo é um moinho

"Ainda cedo amor mal começaste a a entender a vida e já anúncia a hora de partida..."




Angenor de Oliveira ou melhor Mestre Cartola, na música "o mundo é um moinho" após assitir uma briga de uma da sua filha querendo a liberdade do mundo que mal conhece. Escreveu os versos inspirado na beleza burra da juventude e nos caminhos tortuosos que só quem carrega as cicatrizes e alegrias de uma vida pode captar a essência nas palavras deferidas por sua filha e puxar a orelha de forma magestral. Em nossas vidas tomamos atitudes precipitadas sem saber ao certo o que buscamos de verdade, as escolhas refletem em tudo o que desejamos, almejamos e o que seremos por os pés no mundo sem saber o que quer o que espera. Pergunto-lhe ta vindo de onde indo pra onde?

Não podemos prever nem amenizar as dores elas vem e vão comos os amores, "...o mundo vai triturar seus sonhos tão mesquinhos e reduzir as ilusões a pó..." dúvidas todos temos repostas algumas que só o tempo respoderá como senhor que é vamos indo que som não pode parar com interrogação eu te indago, com ponto eu encerro esse texto, mas por hoje prefiro as reticências pois ainda continuo....
Mário Luiz/mente em trabalho

domingo, 11 de janeiro de 2009

Pede um copo, puxa uma cadeira e senta aí! .


Pode ser latinha, long-neck ou garrafa. Para acompanhar manda um petisco, e não esquece o cinzeiro. O lugar pouco importa, desde que inundado por uma boa música. Fundamental é a presença dos amigos, parceiros de copo (ou não), dispostos a lançar palavras ao vento. A pauta é ampla e o ouvinte é exigente. Seja o namoro que acabou, um novo som, um livro lido ou aquele velho filme que acabamos de assistir, é no buteco que nos reunimos com quem mais admiramos e compartilhamos o que nos é mais íntimo. O vínculo é afetivo e o interesse é trocar uma idéia, tentar resolver os problemas do mundo, ou quem sabe apenas desabafar os nossos problemas e emoções. É como um vício, uma verdadeira terapia que nos faz fugir um pouco da realidade, nos dá a oportunidade de refletir e discutir o que vivemos. Falar abertamente o que nos preocupa. Reafirmar nossos pontos de vista e...por aí vai, são inúmeros os motivos de sentar-se à uma mesa de bar com os amigos.
ButecoBit é um blog feito por amigos e para amigos, com um propósito pouco definido. Pode-se dizer que a esmo vamos aqui expor nossas idéias. Tudo aquilo que já não conseguimos guardar somente em nossas cabeças. Aquilo que, sem muita expectativa, sentimos vontade de compartilhar. Aquilo dentro do nosso inconsciente permanece, o que recordamos de nossas discussões intermináveis e inenarráveis em meio à porres homéricos. Enfim, será o ponto de fuga de nosso pensamento. A expressão de um grupo de amigos que em comum buscam o conhecimento e a embriagueis!Por enquanto é isso, manda mais uma e marca no caderno que semana que vem eu acerto.