São 21h45 de terça-feira, dia 30 de março de 2010. O pseudo-jornalista Pedro Bial com o microfone na mão anuncia que começou uma grande final do maior reality show do país. Cerca da metade da população brasileira vibra diante da televisão esperando soar o nome do novo herói da nação. Comemora o sucesso do futuro ex-famoso na tentativa de esquecer seus próprios problemas.
O prêmio de 1,5 milhão de reais parece muito (e realmente é muito) para o cidadão assalariado. Porém, somado o custo das ligações de apenas um paredão a emissora arrecada cerca de 3,5 milhões de reais. No dia da eliminação da mineira Angélica o programa recebeu 77 milhões de votos (entre ligações e SMS’s), que representa o valor de dois prêmios máximos em apenas um dia.
A pergunta que não cala é: o que fazem Cadú, Fernanda e Dourado para receber tamanha audiência e comoção popular? Essa massa que acompanha o programa tem a proporção digna de posses de presidentes e velórios de papas. Por outro lado, em Brasília o Mensalão do DEM levou apenas 300 pessoas às ruas para exigir justiça. Se uma emissora de TV pode mobilizar mais de 70 milhões de pessoas quando mostra participantes dentro de uma casa fazendo suas necessidades fisiológicas e afazeres domésticos, imagine o que poderiam fazer pela democracia do país!?
Ao fim do Big Brother Brasil 10 não é apenas um participante que ganha, o maior vitorioso é a nação brasileira, que fica livre dessa mediocridade intelectual que são os BBB’s. E podem enfim voltar às suas preocupações reais e mudar o assunto nas cozinhas, nos bares e nos pontos de ônibus.
por Karilene Stradioto, José Aristides e Everton Mossato
Assino embaixo.
ResponderExcluirÉ muito dinheiro para um programa que não nos agrega nada intelectualmente.
Muito bom o Texto. Realmente é impressionante o poder de manipulação dessa globo... Um programa que mostra nada mais do a mediucridade do ser humano...
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