Por Everton Mossato
Líbia é um segundo Iraque, não? Mas agora a União Europeia e a ONU estão calejadas, mais espertas e rápidas. Não vão deixar os americanos comerem o bolo sozinho. O quanto rende uma ocupação num país banhado em petróleo? Muito, com certeza. É o bastante para que o já conhecido argumento covarde de hipócrita seja destilado na mídia mundial, sempre homogenia e omissa. Repetir o discurso das grandes potências é uma conduta um tanto infantil aos que se apresentam como comunicadores.
Me pergunto até quando iremos ouvir a bravata máxima que justifica a politica externa bélica e econômica dos líderes mundiais: “É inevitável uma intervenção direta no sentido da ocupação do território com vista na manutenção da paz e bem estar popular”, sempre caminha nesse sentido esta falácia fétida. Sim amigos isto é uma grande falácia que funciona muito bem para tirar o foco da operação, como o Ronaldinho Gaúcho inspirado, olham para um lado e lançam para o outro.
Me pergunto até quando iremos ouvir a bravata máxima que justifica a politica externa bélica e econômica dos líderes mundiais: “É inevitável uma intervenção direta no sentido da ocupação do território com vista na manutenção da paz e bem estar popular”, sempre caminha nesse sentido esta falácia fétida. Sim amigos isto é uma grande falácia que funciona muito bem para tirar o foco da operação, como o Ronaldinho Gaúcho inspirado, olham para um lado e lançam para o outro.
Nesta linha de raciocínio não podemos esquecer da recente crise financeira global. Interessante pensar no encadeamento de fatos que a história nos apresenta. Será que um dia adolescentes irão ler em voz alta para turma, com um livro didático na mão: “...Após a bolha imobiliária que culminou na maior crise já vista os países da união europeia e os EUA, com apoio da ONU, iniciaram ações de ocupação nos países do oriente médio. Esta nova corrida em busca de fontes de energia fóssil e controle político demonstra o retrocesso que as potências mundiais imprimiram ao modelo de governo da primeira metade do século XXI. O atraso tecnológico e de desenvolvimento social historicamente observado nos países muçulmanos ganhou força neste conjunto de ações...”, que o exagero seja deixado de lado e o foco da reflexão recais sobre a essência do argumento. Não há motivos de acreditar que as ofensivas militares sejam acompanhadas de um plano de desenvolvimento para a região prestes a ser ocupada. "Hay 32 conflictos con características muy similares al de Libia, donde hay un gobierno despótico que extermina a parte de su pueblo", discursa um ser consciente na televisão espanhola, "No pensamos bombardear Palestina, ni Marruecos ni Birmania", o deputado Gaspar Llamazares diz ainda que o que move a intervenção, a guerra, são motivos econômicos e políticos para o controle desta região que é a mais importante do norte da África. Aí encontramos um bom ponto de vista sobre esta nova guerra, infelizmente esta posição é rara. Em meio a 340 deputados, Llamazares e apenas mais dois foram contra a intervenção da Espanha na Líbia. O discurso do deputado foi forte e contundente, creio que se estivessem num boteco cuspiria na cara de Zapatero.
Bombardear seu próprio povo soa como um convite para os eternos colonizadores. Coalizão Internacional, bom nomes para filhos da puta sedentos de mais riquezas com a desculpa de ajuda humanitária e manutenção da democracia, da soberania, ou sei-lá mais o que queiram chamar. Aprenderam também os grandes que a opinião pública se sente mais feliz quando a ONU dá aval para a ocupação. E por sua vez a ONU percebe que é melhor não contrariar as forças as ainda grandes potências. Assim o jogo de aparências continua e a ONU mantém sua função e soberania diante de nós, reles mortais. Defesa da liberdade e direitos humanos. Como podem estas palavras se tornarem uma ferramenta de manutenção do poder e manipulação da opinião pública? - Se bem que a opinião pública é um mito, quem tem opinião é quem controla os meios e com um machado e alguns telejornais coloca isto na nossa cabeça. As belas palavras que todos elevam a um estandarte da sociedade pós-moderna (LIBERDADE e DIREITOS HUMANOS) funcionam como outrora a ira de deus funcionou para o clero cristão. É mais uma forma de escamotear interesses para a manutenção da geografia do poder.
Por fim, liberdade e direitos humanos são fundamentais e devem ser preservados. O curioso é que só vemos a Liga da Justiça Mundial formar ofensivas e coalizões internacionais se no mesmo pacote estiver incluído petróleo ou interesse político. Atualmente metade da população da África não tem acesso à água potável, mas nem por isso vemos uma Coalizão Internacional em prol desta causa. Ou vemos?
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