terça-feira, 26 de abril de 2011

A metade do segundo

por Everton Luiz da Rocha Mossato

Não demonstrava impaciência nem nervosismo com o movimento à sua frente. Nesse mundo tudo é tão rápido, os carros quase voam, as pessoas sempre com pressa. Tudo é tão mecânico, o bom dia já não parece lhe desejar mais um dia bom de fato. Sem ter o que fazer apenas observava. Olhou as mãos rápidas da moça do caixa passar o cartão na máquina.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Bagunça não, independência

idiossincrasia de Everton Mossato

Pela primeira vez moro “sozinho”. Longe dos meus pais e de meu país. Confesso que na minha casa, com meus pais, nunca dei muita atenção para tarefas do cotidiano doméstico. Como varrer o chão, lavar louça, lavar roupa, fazer comida, tomar banho (opa, tomar banho não, isso é igual em qualquer lugar) enfim, arrumar o quarto e esse tipo de coisa. Mas agora, morando sozinho aqui em Coruña a coisa mudou. Na verdade a ideia de ter que me virar com as coisas essenciais à vida social foi algo que contribuiu na decisão de sair de casa, e do Brasil, e fazer um intercâmbio. Em Curitiba as vezes ajudava com a louça, mas muito raramente e fazia comida as vezes, mas era mais quando queria comer algo específico, ou também pra ver se conseguia cozinhar algo que mais alguém fosse capaz de comer. Ano passado como ficava o dia todo fora de casa “não tinha tempo” de arrumar o quarto. Nem eu acreditei nessa, sempre tem tempo se a gente precisa fazer algo.