segunda-feira, 28 de maio de 2012

O metro quadrado mais disputado do Capão da Imbuia


A visão é limitada e em cada passo o chão afunda. O povo se aglomera e anda como pode na tentativa de se aproximar das portas que estão prestes a chegar. O barulho do apito do trem que passa ao lado deixa a situação maisirritante. A grande lata vermelha se anuncia no horizonte e desperta ansiedade nas pessoas que estão no corredor elevado a 70 cm do solo. No desespero de não ter que esperar mais um Pinhais /Rui Barbosa, o povo se lança frenético em direção às cinco portas do biarticulado. Um para-peito segura os desequilibrados e os impede de cair na pista do expresso. Como formigas, as pessoas entram e saem do coletivo até que a porta fecha esmagando mais um pouco os que ousaram entrar. Mal há tempo para olhar os rebites expostos na plataforma quando encosta outro latão vermelho, desta vez é o Campo Comprido / Centenário que fará o usuário do transporte coletivo perder a educação e se acotovelar em busca do seu destino.
por Everton Mossato | 4joan
Um texto  que fiz para aula de jornalismo no 4º período (2009), nem lembro o nome da matéria. Devia ser Redação alguma coisa, para internet talvez. Originalmente o texto foi publicado no blog da turma, o Capital Zona Leste.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Enfim o ano começa...

Aulas, uns projetos, pílulas e uma busca incessante de preencher o vazio de cada dia.

Assim  começo nosso 2012. Com a certeza de que o mundo não acaba. Mas a cada ato, a cada olhar, podemos criar um novo mundo.

  
Feliz 2012 galera!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Mudou o quê?

- Viu que o blog mudou de logo?
- Puts, nem vi. Ah, verdade. Mas não é a logo burro, é o cabeçalho.
- Não, isso é o banner.
- Sei lá, grande merda, quem liga pra isso?
- Acho que ninguém... tem um cigarro aí?
- Porra... já pensou em pará de fumá?
- Já. Tem cigarro ou não?

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Viciado em TV é arrastado para rua em cima do sofá

Impressionante! Após dez anos trancado em casa assistindo televisão, homem é arrastado para rua em cima do sofá.

A partir do dia que sua esposa assinou um serviço de TV a cabo o homem não arredou o pé de casa. O vício pela televisão foi imediato. "Quando falei em assinar a TV ele não deu muita bola, mas foi dar uma sentadinha pra ver como eram os novos canais e pronto, não saiu mais de frente da televisão", conta a esposa. Segundo vizinhos o homem era uma pessoa "normal", comunicativa e boa praça. Cumprimentava todos na rua e não era raro vê-lo em longas conversas em frente ao portão de algum velho amigo. "Essa tal de TV a cabo é o diabo e ainda mais agora com essa tal de internete, só por Deus mesmo", fala assustada a vizinha.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O Seminarista - Rubem Fonseca


Quando parar não é uma escolha
por Everton Mossato

A aposentadoria é a meta da maioria das pessoas. O tempo de serviço ou a idade são pré-requisitos para quem procura a Previdência Social (INSS). Outros optam pendurar as chuteiras pela Previdência Privada. Mas, independente da maneira que a conquistam, a aposentadoria representa a quebra de um vínculo com a antiga vida. Um novo ciclo que nasce, o passado se dissipa em boas e más lembranças, mas fica lá... no passado, apenas como lembranças.


Zé, O Especialista, protagonista em O Seminarista, também almeja esta nova etapa em sua vida. Porém, sua profissão não é comum, não tem carteira assinada e muito menos seguro de vida. Nela o passado insiste em permear o presente e o persegue como uma sombra.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Para casa, com certeza

Hoje fui à extranjeria e descobri que não posso renovar meu visto de estudos aqui na Espanha. Isso quer dizer que vou embora em julho mesmo. Estava com a Carta de Aceitação da Universidade da Coruña, mas mesmo assim não pude renovar o visto. Pois o tipo de visto que tirei no Brasil é de até 180 dias e este não permite a renovação. Portanto teria que voltar ao consulado da Espanha no Brasil e solicitar um novo visto. Estranho né? Porque não fazem isso aqui mesmo, já que estou aqui? Não sei. Sei que mostrando uma folha e lendo um código que tinha no meu visto, a moça da extranjeria disse que não poderia renovar e que não havia nenhuma maneira de fazer isto aqui na Espanha. Eu desconfiava disso, já tinha ouvido falar, mas também tinha ouvido que pessoas na mesma situação que a minha conseguiram renovar seu visto por mais um ano. Vai saber. Na verdade estou até mais tranquilo agora. Nos últimos dias estava nessa situação incerta. Não sabia se ficaria aqui ou voltaria ao Brasil. Uma merda de situação. Mas agora é definitivo. Sei que vou voltar dia 14 de julho.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Um Passeio no Mundo Livre




O vídeo acima nada mais é que uma montagem de fotos e pequenos vídeos que fiz quando visitei Madrid. Na empolgação acabei tirando muitas fotos e, como estava sozinho, ficava tentando tirar fotos de mim mesmo diante de algum predio ou monumento da cidade. Com certeza a maior parte das fotos ficou zuada. Mas passando as imagens na máquina vi que dava um efeito diferente, por que minha posição não mudava muito diante da camera, só mudava o fundo. Entao, pra não simplesmente deletar essas fotos, resolvi fazer esse videozinho. A música é de Chico Science & Nação Zumbi, chama Um Passeio no Mundo Livre.

sábado, 28 de maio de 2011

Pixo ideológico?

Em A Coruña, como em qualquer centro urbano, os muros e prédios são suporte para uma forma de expressão anárquica. O pixo pode ser visto de várias formas pela sociedade. Bom ou ruim, bonito ou feio. Pra mim estes rótulos são superficiais e eu não me atreveria a julgar dentro destes padrões. Não me importa. Eles estão, por todas as cidades, comunicando-se com as pessoas a todo momento. Ignorados também a todo momento.

terça-feira, 26 de abril de 2011

A metade do segundo

por Everton Luiz da Rocha Mossato

Não demonstrava impaciência nem nervosismo com o movimento à sua frente. Nesse mundo tudo é tão rápido, os carros quase voam, as pessoas sempre com pressa. Tudo é tão mecânico, o bom dia já não parece lhe desejar mais um dia bom de fato. Sem ter o que fazer apenas observava. Olhou as mãos rápidas da moça do caixa passar o cartão na máquina.